CRISTINA MARQUES
Analisa a poesia visual a partir do conceito de Ritmo. Observa que a poesia visual tem limites tênues com as artes plásticas, notadamente a pintura. Apresenta como diferenças entre poesia visual e pintura uma reavaliação dos conceitos de artes do tempo e artes do espaço de Lessing.
Mostra que o movimento que se deve considerar nas obras estáticas é o movimento dos olhos ao explorar sensorialmente a superfície do poema. Argumenta que é preciso encontrar elementos que relacionem a poesia visual com a poesia verbal, para que possa-se metodologicamente nomear ambas as formas de poesia.
Observa que o conceito de Ritmo pode ser um desses elementos, se considerarmos que o ritmo pode ser mais do que simplesmente uma alternância de sílabas fortes e fracas, para ser considerado como uma relação de repetições de padrões verbais (grafemas, fonemas) ou visuais (formas). Apresenta, numa analogia com os conceitos de Melodia (rebatizado de Monofonia por Antônio Manoel) e Polifonia da poética de Mário de Andrade, os termos Monomorfo e Polimorfo e a divisão Regular, Dismorfizante e Irregular válida tanto para Monomorfo quanto para Polimorfo.
Constrói ainda um quadro dos elementos formais constituintes do poema visual, e relaciona esse quadro com a divisão triádica de Lúcia Santaella para as representações visuais: Formas Não- Representativas, Formas Figurativas e Formas Representativas. Por fim, testa a aplicabilidade da classificação do Ritmo na Poesia Visual em vários poemas de diversos autores de destacada participação nessa forma de poesia.
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DIMENSÃO. Revista Internacional de Poesia Ano XIX –
NO. 28/29. Editor: Guido Bilharino. Uberaba, MG: 1999. 312 p.
No. 10 883 Ex. biblioteca de Antonio Miranda
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Página publicada em outubro de 2024
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